A exploração dos recurso naturais do manancial para a geração de energia, irrigação da agricultura, os desvios do seu fluxo natural (transposição) para o abastecimento de outros territórios, o despejo de esgoto de centenas de cidades e outras práticas estariam causando a perda de biodiversidade e forçando o deslocamento de comunidades indígenas e ribeirinhas, segundo afirmam os Pankararu. Nos últimos 10 anos tem se debatido uma proposta de construção de uma usina nuclear às margens do Velho Chico.
A situação motivou o encontro Rio São Francisco sujeito de direitos: reconhecimento jurídico, convocado pela Escola de Ancestralidade Viva na Nação Pankararu. O evento acontece nesta sexta-feira (25) e sábado (26/4), na aldeia Barriguda, em Petrolândia, tendo como meta “inscrever na lei aquilo que já vive em nosso espírito”, como diz a carta convite do evento. “O Opará é vivo, tem direito a existir, fluir e ser protegido”, afirmam os indígenas, que convocam a população dos municípios vizinhos a se somarem ao debate.
As atividades começaram às 14 horas desta sexta-feira, com uma exposição sobre os processos de institucionalização dos direitos da natureza, seguida por um debate sobre a importância do São Francisco na cosmovisão Pankararu.
O dia se encerra com uma dinâmica de sistematização das propostas apresentadas. No sábado (26/4), o povo Pankararu realiza uma manifestação às margens do rio, onde devem ler um manifesto em defesa do Velho Chico.
Editado por: Vinicius Sobreira
Por Brasil de Fato
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