Tribunal de Justiça de Alagoas revoga prisão preventiva de médica acusada de matar o ex-marido. Nadia Tamyres cumprirá medidas cautelares em liberdade.
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| Imagem: Reprodução Redes Sociais |
A Justiça de Alagoas determinou, nesta quarta-feira (17/12), a soltura da médica Nadia Tamyres Silva Lima, de 38 anos. Ela estava presa preventivamente desde novembro, acusada de matar a tiros o ex-marido, o também médico Alan Carlos Lima Cavalcante, de 42 anos, na zona rural de Arapiraca - AL. A decisão liminar em habeas corpus foi proferida pelo desembargador Ivan Vasconcelos Brito Júnior, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL).
Na fundamentação da decisão, o magistrado argumentou que a manutenção da prisão preventiva baseava-se na gravidade abstrata do delito, sem demonstrar risco concreto e atual à ordem pública. O desembargador destacou que o caso apresenta circunstâncias específicas que fragilizam a necessidade da prisão. Entre elas, foram citados o histórico de violência doméstica atribuído à vítima e o suposto descumprimento de medidas protetivas anteriores. A decisão levou em conta ainda a alegação de que o ex-marido estaria armado e circulando nas proximidades da residência da médica no dia dos fatos, o que indicaria um conflito restrito às partes envolvidas.
O relator também ressaltou as condições pessoais favoráveis da ré, como ser primária, possuir residência fixa e exercer atividade lícita como servidora pública e professora universitária. Com a revogação da prisão, Nadia Tamyres responderá ao processo em liberdade, mas deverá cumprir medidas cautelares diversas. Entre as restrições impostas estão o comparecimento mensal em juízo, a proibição de se ausentar da comarca sem autorização e a vedação de conceder entrevistas ou se manifestar publicamente sobre o processo.
Relembre o caso
O crime ocorreu em meados de novembro de 2025, no Povoado Capim, zona rural de Arapiraca. Alan Carlos foi morto a tiros dentro de seu carro, estacionado próximo a uma Unidade Básica de Saúde. A defesa de Nadia sustenta a tese de legítima defesa. A Polícia Civil, contudo, indiciou a médica por homicídio qualificado após a análise de imagens de segurança e laudos periciais que contestaram a dinâmica apresentada pela defesa.
O mérito do habeas corpus ainda será analisado em definitivo pela Câmara Criminal do TJAL, após parecer do Ministério Público. O alvará de soltura foi expedido para cumprimento imediato.
do Portal ChicoSabeTudo
BLOG OXENTE NEWS, 17/12/25

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