Foto: ASCOM / PC - BA
Uma operação conjunta da Polícia Civil e da Polícia Federal marcou a manhã desta quinta-feira (18/12) em Catu, na Bahia. A ação resultou na apreensão de um adolescente de 17 anos, apontado como um dos chefes de um grupo criminoso que usava a internet para cometer crimes gravíssimos contra crianças e adolescentes em todo o Brasil.
O jovem baiano não era apenas mais um participante. As investigações mostraram que ele tinha um papel de destaque, organizando e incentivando essas práticas criminosas em redes sociais e aplicativos de mensagens, influenciando muitas vítimas vulneráveis.
Como a Polícia Chegou ao Adolescente
Tudo começou com um monitoramento intenso da Polícia Federal. Através da "Operação Cerberus", uma força-tarefa focada em desmantelar redes que exploram o ambiente virtual, os policiais seguiram os passos do grupo. Os crimes, que ganharam força em fevereiro deste ano, chamaram a atenção pela gravidade e pela maneira como as vítimas eram aliciadas.
"A maioria absoluta das vítimas era composta por menores de idade em situação de vulnerabilidade emocional, captados pelo grupo liderado pelo jovem," destacaram as autoridades.
A inteligência policial identificou que o adolescente de Catu exercia uma posição de influência e comando na organização e estímulo das ações delituosas.
Crimes Graves no Mundo Digital
- A investigação revelou uma série de condutas criminosas no ambiente online:
- Associação criminosa: Formação de um grupo para cometer crimes.
- Induzimento, instigação e auxílio à automutilação: Incentivo direto para que crianças e adolescentes se machuquem.
- Armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil: Distribuição de material ilegal.
- Incitamento direto ao crime: Estímulo para que as vítimas ou outros membros cometessem delitos.
Esses crimes, que se aproveitam da fragilidade emocional de menores, representam uma ameaça séria à segurança de crianças e adolescentes na internet, um espaço que deveria ser seguro para todos.
Os Próximos Passos
Depois de ser apreendido, o adolescente foi levado para a delegacia de Catu e, em seguida, apresentado à Justiça. O caso segue o que manda o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê medidas socioeducativas para jovens em conflito com a lei, levando em conta a seriedade de suas ações.
A ação foi um esforço coordenado pela Delegacia Territorial (DT) de Catu, que teve o apoio técnico do Núcleo Especial de Repressão aos Crimes Contra Crianças e Adolescentes (NERCCA) e da Polícia Federal (PF). As equipes cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do adolescente e o mandado de apreensão do próprio jovem, ambos expedidos pela 1ª Vara Crime da Comarca de Catu.
Ele agora está à disposição do Poder Judiciário, que vai decidir as medidas mais adequadas para lidar com a gravidade dos crimes cibernéticos que foram descobertos.
por Portaç ChiSabeTudo
BLOG OXENTE NEWS, 19/12/25
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