Estudante de Direito é preso em São Paulo suspeito de matar a mãe, ocultar o corpo e usar o dedo dela para tentar acessar contas bancárias.
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| Foto reproduzida das redes sociais |
Um estudante de Direito de 28 anos foi preso em São Paulo suspeito de matar a própria mãe, a professora aposentada Eliana Roschel, de 61 anos, e de utilizar um dedo da vítima para tentar acessar suas contas bancárias pelo celular. O caso ocorreu no distrito de Parelheiros, na zona sul da capital paulista, e é investigado pela Polícia Civil como homicídio e ocultação de cadáver, entre outros delitos.
De acordo com as investigações, mãe e filho moravam juntos quando, em 10 de novembro, os dois teriam discutido dentro da residência. Durante o desentendimento, o suspeito, identificado como Maurício Gonçalves Garcia, teria empurrado a mãe, que caiu, bateu a cabeça próximo à escada e ficou desacordada. Em vez de acionar socorro médico, o filho colocou Eliana no sofá e deixou o imóvel em seguida, segundo relatos colhidos pela polícia.
Dois dias depois, ainda conforme a apuração policial, o estudante retornou ao local e encontrou a mãe já morta. Nesse momento, ele teria enrolado o corpo em um lençol e iniciado os preparativos para ocultar o cadáver. Investigações indicam que Maurício cortou um dos dedos da vítima com o objetivo de desbloquear o telefone celular e movimentar contas bancárias associadas a ela por meio de biometria digital.
A polícia apurou que o corpo de Eliana foi colocado no porta-malas do carro que ela utilizava e levado até uma área de pouca circulação. Em versões divulgadas por diferentes veículos, o cadáver teria sido abandonado em um terreno baldio ou em uma estrada de terra na região de Parelheiros, onde foi incendiado com o uso de combustível. O objetivo, segundo os investigadores, seria dificultar a identificação da vítima e a descoberta das circunstâncias do crime.
Após a morte da mãe, o suspeito tentou manter a aparência de normalidade. De acordo com informações colhidas pela Polícia Civil, por cerca de dez dias ele usou o celular de Eliana para responder mensagens em nome dela e seguir a rotina nas redes sociais, com o intuito de evitar que parentes e conhecidos desconfiassem do desaparecimento. Nesse período, também teria tentado acessar e movimentar valores de contas bancárias vinculadas à professora aposentada.
Familiares relataram à imprensa que episódios de violência anteriores já haviam sido registrados dentro de casa. Há cerca de dois anos, segundo depoimentos, o estudante teria amarrado a mãe com fita adesiva e subtraído dinheiro dela. Na ocasião, porém, Eliana não teria formalizado boletim de ocorrência, na esperança de que o comportamento do filho mudasse. Esses relatos agora são considerados pela polícia como parte do contexto de violência familiar anterior ao homicídio.
O caso só chegou ao conhecimento das autoridades após outro crime. Dias depois da morte da mãe, o estudante foi detido pela Polícia Civil acusado de assaltar um posto de combustíveis. A partir dessa prisão, agentes cruzaram informações e chegaram à suspeita de que ele estaria envolvido também no desaparecimento e na morte de Eliana Roschel. As diligências levaram à identificação do corpo e ao detalhamento da dinâmica do crime, com base em laudos e oitivas.
Maurício Gonçalves Garcia foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) do Cambuci, na região central de São Paulo. A Justiça decretou prisão temporária, por 30 dias, enquanto a Polícia Civil prossegue com a investigação para reunir provas sobre a morte de Eliana, a tentativa de uso de dados bancários da vítima e eventuais antecedentes de agressões no âmbito familiar.
BLOG OXENTE NEWS, 25/11/25

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