Os dois últimos corpos liberados foram de Maria Sueli Simões Nogueira, 52 anos, e Sirlene Alves de Jesus, de 45.Os parentes delas viajaram de Minas Gerais (MG), onde ambas moravam, até o Recife para fazer o reconhecimento.
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| (Foto: PRF) |
A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) informou, no fim da manhã desta segunda (20/10), que todos os 17 corpos encaminhados ao Instituto de Medicina Legal (IML) já foram liberados aos familiares.
Os dois últimos corpos liberados foram de Maria Sueli Simões Nogueira, 52 anos, e Sirlene Alves de Jesus, de 45.Os parentes delas viajaram de Minas Gerais (MG), onde ambas moravam, até o Recife para fazer o reconhecimento.
Ambas as mulheres estavam no ônibus que colidiu com um barranco de areia às margens da BR-423, em Saloá, na última sexta (17). Na batida, 17 pessoas morreram e 17 ficaram feridas.
Em entrevista à TV Guararapes, as famílias contaram que tanto Sueli quanto Sirlene realizavam há anos o trajeto saindo de Minas Gerais (MG), para Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste Pernambucano.
“Ela ficou uns 10,15 anos vindo de ônibus e fazia esse trajeto. De 5 anos para cá, ela vinha com motorista fretado que também é amigo dela. Dessa vez a gente pensou que ela iria de carro. Não sabemos por que ela mudou de ideia de última hora e resolveu vir no ônibus. Foi difícil confirmar (a morte). Demoramos a sair justamente por que a gente não sabia para onde ir ou onde buscar uma informação certa. A gente ficou ligando para os hospitais e IMLs até conseguir uma informação para poder traçar uma rota e poder vir aqui (em Pernambucano). Chegamos em Garanhuns ontem por volta das 16h. Viajamos a noite toda e durante o dia sem parar”, contou a irmã de Maria Sueli.
A irmã de Sueli ainda destacou que a irmã era uma pessoa querida na família e na cidade onde vivia, São João das Missões, em Minas Gerais.
“Sueli era uma pessoa muito batalhadora, trabalhadora. Ficou viuva há muitos anos, criou o filho com muito suor. Sempre guerreira, estava disposta a ajudar quem precisasse. Ninguém falaria nada dela, era uma pessoa querida, sempre sorrindo, tratando todo mundo bem, conservando amizades de muitos anos. Nós perdemos. A família perdeu, os amigos perderam, a cidade perdeu”, relatou, emocionada.
O marido de Sirlene Alves de Jesus também conversou com a TV Guararapes.
“A Sirlene fazia esse trajeto há muito tempo. Ela saiu de Manga (MG), pegou o ônibus na cidade de Janaúba, parou na cidade (Santa Cruz do Capibaribe), fez a compra e ao retornar aconteceu o acidente. A notícia chegou através de terceiros. Eu não passei no local, na volta irei passar”, compartilhou.
Por meio de nota, a SDS “reforçou o empenho das equipes envolvidas para que todo o processo de liberação ocorresse com a maior celeridade e respeito possível às famílias das vítimas”.
Relembre
O ônibus envolvido no acidente que deixou 17 mortos e 17 feridos na BR-423, em Saloá, no Agreste, na noite de sexta-feira (17), voltava de uma excursão a um polo de confecções em Santa Cruz do Capibaribe, também no Agreste pernambucano. As cidades ficam a cerca de 190 quilômetros de distância.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o ônibus havia saído originalmente de Brumado, município no interior da Bahia, localizado a cerca de 1.140 quilômetros de Santa Cruz. A suspeita é que o motorista tenha perdido o controle do veículo, invadido a contramão e colidido com um barranco de areia às margens da rodovia.
Ainda conforme a PRF, o motorista realizou teste de bafômetro e teve resultado normal. Ele sofreu ferimentos leves e, após ser atendido em uma unidade de saúde, foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Garanhuns.
As causas do sinistro ainda estão sendo apuradas. O caso será investigado pelaPolícia Civil de Pernambuco (PCPE). Até o momento, a Secretaria de Defesa Social (SDS) não se manifestou sobre o ocorrido.
BLOG OXENTE NEWS, 21/10/25

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