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| Nas imagens abaixo da Escola Sandálias dos Pescadores estudam os alunos: Creche, Ensino infantil (lado esquerdo) de 1º Ano ao 5º Ano (lado direito) (foto Alexandre Sertão) |
Na Aldeia Serra Vermelha do Povo Kambiwá, liderados pela Cacique Maria Lucimar conhecida por Branca, juntamente com seu grupo de de 5 lideranças e as famílias, tem vivido momentos de tensão, pois tem sido crescente a preocupação com a falta de diálogo entre os órgãos responsáveis pela educação e o povo indígena.
Essa ausência de escuta, tem gerado situações que evidenciam a exclusão e o desrespeito ao direito a educação diferenciada garantido aos povos originários.
"Havia um acordo entre o povo Kambiwá e outro povo indígena, construído com base no respeito e na cooperação. No entanto, decisões importantes começaram a ser tomadas sem a participação da comunidade Kambiwá. O que resultou em um processo de exclusão do nosso povo dentro de assuntos que nos diziam respeito diretamente".
Essa falta de diálogo se tornou o estopim para que a comunidade passasse a reivindicar seus direitos, buscando ser ouvida e respeitada nas decisões sobre a escola que fica dentro da sua comunidade.
Desde o dia 20 de agosto de 2025, foi observado que as crianças Kambiwá ficaram sem aulas, por causa da invasão e ocupação do prédio. O que trouxe grande preocupação entre pais, lideranças e professores da aldeia. Diante da situação, a própria comunidade tomou a iniciativa de organizar as aulas em locais cedidos pelos moradores e no terreiro de Toré, espaço sagrado e de grande importância cultural.
"Mesmo com todas as dificuldades, as aulas continuam sendo realizadas até hoje, demonstrando a força e o compromisso do povo Kambiwá com a educação de suas crianças". A escola nunca deixou de funcionar — principalmente graças ao empenho dos funcionários e educadores Kambiwá, que atuam desde fevereiro desse ano, muitos dos quais atuaram de forma voluntária para garantir a continuidade do ensino e preservar os saberes tradicionais e a cultura do povo.
Neste momento, a comunidade reafirma seu desejo de independência na gestão da escola, para que as decisões e práticas pedagógicas sejam conduzidas com respeito à identidade e à realidade do povo Kambiwá.
DETALHE IMPORTANTE
A escola é composta quase em sua totalidade por alunos indígenas Kambiwá, o que reforça a importância de uma gestão própria, comprometida com os valores, a língua e os modos de vida desse povo.
A luta dos Kambiwá pela autonomia escolar é, acima de tudo, uma luta por respeito, dignidade e reconhecimento — pilares essenciais para uma educação verdadeiramente inclusiva, diferenciada e intercultural.
Fala do povo Kambiwá
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| Blogueiro Alexandre Sertão e Lideranças Kambiwá e Pankararu (Zorminio Barros) |
BLOG OXENTE NEWS
Este redator que vos falar, esteve presente na manhã de sexta-feira (17/10/2025) visitando a comunidade, e conversei com lideranças, moradores e professores da Aldeia Kambiwá (localizada em Petrolândia - PE) e uma liderança dos Pankararus repretada por Zorminio Barros. Na oportunidade, eles puderam me relatar os seus objetivos, desde da manutenção da moradia e costumes, tradições, manutenção da vida, dificuldades enfrentadas em mais de 40 anos, e principalmente no contexto do retorno as aulas na escola Sandálias dos Pescadores (atualmente estadual - indígena), e pude ver e registrar em imagens e vídeo, a atual situação. E mesmo com todo cuidado e carinho de quem exerce a função de educador; os esforços diário para manter os alunos que são matriculados, na escola acima mencionada. Não há condição adequada para os alunos e profissionais se manterem no local, que atualmente serve como espaço escolar.
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| Creche, Ensino infantil 1º (foto Alexandre Sertão) |
1º ESPAÇO QUE FUNCIONA COMO APOIO
Pude ver crianças em idade de estarem em uma creche, e no ensino infantil dividindo o mesmo espaço, que poderiam estar em um local com toda melhor condição possível, em um espaço de qualidade. Detalhe: -[não quero desqualificar o local atual. Seria um desrespeito a quem está esforçando-se a lecionar e as próprias crianças e tudo que elas representam). Todavia, é totalmente inadequado, e inaceitável. É um espaço pequeno. Não registrei em imagens, até mesmo para preservar a integridade, mas, os pequenos estavam pintando suas "tarefinhas" no chão por falta de mesas.
2º ESPAÇO QUE FUNCIONA COMO APOIO
Na parte do 1º Ano ao 5ª Ano também registrado em imagens e vídeo, as aulas acontecem no "Terreiro" embaixo de uma latada, no qual a comunidade vive e mantém suas tradições (UM LOCAL DE RESPEITO) mantendo os costumes e momentos religiosos.
OBSERVAÇÃO: A merenda é feita na Escola Sandálias dos Pecadores, e servida nos espaços atualmente utilizados pelos alunos.
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| 1º Ano ao 5º Ano (foto Alexandre Sertão) |
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| 1º Ano ao 5º Ano (foto Alexandre Sertão) |
FALA DO REDATOR
"Os adultos, vivem seus conflitos, com diferentes objetivos, sonhos, projetos. Isso é certo! E faz parte da luta diária. Mas ver e analisar um mundo tão globalizado, no qual a tecnologia cresce de forma assombrosa, ver o desejo do adulto, estar acima dos direitos de crianças e adolescentes, que refletem em famílias e toda uma comunidade, por vários e diferentes motivos, cada um com suas buscas, uns por ganância, quem sabe poder, outros por enes motivos, ou, simplesmente por falta de diálogo para chegar em um consenso, e lutar por um bem que em toda e qualquer circunstância será e deve ser sempre maior: O BEM ESTAR DAQUELAS CRIANÇAS, ADOLESCENTES E SUAS FAMÍLIAS" por Alexandre Sertão
IMPORTANTE: O Blog Oxente News, agradece o convite e a receptividade da Cacique Maria Lucimar (conhecida por Branca) e lideres da Aldeia Serra Vermelha do Povo Kambiwá.
E dizer que o espaço do Oxente, que é uma impressa livre, e que busca a seriedade e a ética no que fazemos, estamos a disposição dos lideres da Aldeia Taboas, que está dentro do contexto do momento vivenciado na escola em questão. Se assim desejarem!
*Matéria em atualização
Redação complementar/fotos: Blog Oxente News, 19/10/25
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Não entendo, será que alguém pode explicar porquê se cria uma Aldeia nas terras pertencentes a Aldeia Taboa/Pankararu, sendo que essa Pankaiuká pertence ao município de Ibimirim
ResponderExcluirdigo: KAMBIWÁ
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