![]() |
© Getty Images |
Timothy Weah admite que não foi informado do que iria acontecer na Sala Oval da Casa Branca, sendo evidente o desconforto do jogador norte-americano e dos restantes elementos que estiveram presentes nesta inciativa da FIFA
A primeira grande polêmica do Mundial de Clubes envolve… Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Na quarta-feira, antes mesmo da estreia goleadora da Juventus contra o Al Ain (5 a 0), uma delegação do clube italiano foi até Washington D.C. em uma ação organizada pela FIFA. O que deveria ser apenas um momento institucional rapidamente ganhou conotações políticas, deixando os jogadores visivelmente desconfortáveis.
Na Sala Oval da Casa Branca, Trump recebeu o técnico da Juventus, Igor Tudor, e vários jogadores da equipe, entre eles os norte-americanos Timothy Weah e Weston McKennie.
De forma inesperada, o presidente dos EUA assumiu o protagonismo do encontro e iniciou uma espécie de coletiva de imprensa, abordando diversos temas, incluindo o conflito entre Israel e Irã, que vem se intensificando nos últimos dias.
"Foi uma surpresa total pra mim, sinceramente. Disseram que a gente tinha que ir e eu não tive escolha. Foi meio estranho. Quando ele [Donald Trump] começou a falar de política, do Irã e tudo mais… Eu só quero jogar futebol, cara", contou Timothy Weah, segundo o jornal The Athletic, que divulgou mais detalhes dessa visita polêmica da Juventus à Casa Branca.
Weston McKennie também pareceu estar desconfortável por estar participando naquele momento, tendo como agravante o fato de ter chegado a chamar Trump de "ignorante" em 2020, por conta da sua resposta ao movimento 'Black Lives Matter'.
A pergunta mais bizarra
Trump ainda tentou — da pior forma — quebrar o gelo com a delegação italiana ao fazer uma pergunta que teve o efeito contrário. O presidente questionou se “uma mulher poderia entrar” naquele time de “rapazes”, ao que Damien Comolli, diretor geral da Juventus, respondeu lembrando que o clube tem “uma equipe feminina muito forte”.
"Viram? Eles são bem diplomáticos", rebateu Trump, diante da presença de diversos jornalistas.
Infantino também presente
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, também fez questão de comparecer à cerimônia na Sala Oval e apareceu bastante sorridente — ao contrário dos membros da Juventus. Trump ainda aproveitou a ocasião para minimizar a proibição de entrada nos EUA para cidadãos de 19 países — número que pode aumentar para 36 — mesmo com o país se preparando para sediar a Copa do Mundo de 2026, junto com Canadá e México.
"Não acho que ele [Infantino] esteja muito preocupado com essa restrição de viagens. Ele nem sabe o que é isso, eu acho. Me diga o que é, Gianni. Ele não sabe. Já está praticamente rendido", ironizou Trump, arrancando risos de Infantino.
![]() |
Gianni Infantino, presidente da FIFA, ao lado de Donald Trump, numa imagem que se tem vindo a repetir ao longo dos últimos meses. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário