Manifestantes expressam descontentamento com possível nomeação de Flávio Dino ao Supremo
Manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniram-se hoje na Avenida Paulista, em São Paulo, em protesto contra a indicação do ministro Flávio Dino (PSB) ao Supremo Tribunal Federal (STF). A manifestação, iniciada por volta das 14h, ocorreu em frente a um carro de som, com os participantes, ainda em número reduzido, vestidos nas cores da bandeira brasileira.
O grupo, ocupando meio quarteirão entre a Rua Peixoto Gomide e o MASP, entoou o hino nacional e um single com refrão “Dino não, Dino não”. Além de faixas contra Dino, havia protestos contra o ministro do STF Alexandre de Moraes e a favor do voto impresso.
Durante a semana, parlamentares bolsonaristas, incluindo os deputados federais Carla Zambelli (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), e o senador Magno Malta (PL-ES), gravaram um vídeo convocando para a manifestação. O pastor Silas Malafaia também participou, pedindo que o Senado, especialmente parlamentares do centrão, vetem a indicação de Lula (PT) para o Supremo.
Os indicados Flávio Dino e Paulo Gonet, proposto por Lula à Procuradoria-Geral da República (PGR), serão sabatinados na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na próxima quarta (13/10), com expectativa de análise em plenário no mesmo dia ou no dia seguinte.
Os atos deste domingo também homenagearam Cleriston Pereira da Cunha, réu pelos ataques de 8 de janeiro que faleceu no Complexo Penitenciário da Papuda. Movimentos de direita organizaram manifestações em capitais e cidades de 15 estados e no Distrito Federal.
Em Brasília, a manifestação aconteceu na Esplanada dos Ministérios, contando com a presença de parlamentares como Magno Malta e Marcel Van Hattem (Novo). Segundo a Folha, as pautas das manifestações deste domingo mostram contradições no campo político bolsonarista em relação a direitos humanos e democracia.
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), em vídeo, enfatizou a importância da presença do povo nas ruas. Bolsonaro, em Argentina neste domingo, já foi condenado pelo TSE e está sob investigação do STF.
As manifestações de hoje fazem parte de um movimento de retomada das ruas pela direita desde os ataques de 8 de janeiro, apesar do medo e da inibição de parte da militância.
BLOG OXENTE NEWS, 10/12/23
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